Na última terça-feira, 4 de março de 2025, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, proferiu um discurso de 100 minutos no Congresso, destacando as ações de sua administração nos primeiros 43 dias do segundo mandato. Ele ressaltou a retirada dos EUA do Acordo de Paris, da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Conselho de Direitos Humanos da ONU, além de criticar seu antecessor, Joe Biden, e o Partido Democrata.

Trump anunciou a imposição de tarifas recíprocas a partir de 2 de abril e mencionou a possibilidade de um acordo de minerais com a Ucrânia para encerrar o conflito na região. Durante o discurso, revelou ter recebido uma carta do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, expressando disposição para negociações de paz, e afirmou que o presidente russo, Vladimir Putin, também está pronto para a paz após discussões sérias.

O discurso foi marcado por tensões, com parlamentares democratas protestando, exibindo cartazes e alguns deixando o plenário. O deputado Al Green foi removido após interromper repetidamente o presidente.

Trump também defendeu suas políticas comerciais protecionistas, afirmando que "tarifa é a palavra mais bonita do dicionário" e que sua aplicação incentivaria empresas a estabelecerem fábricas nos EUA, fortalecendo a manufatura nacional.

Além disso, o presidente anunciou a criação do Departamento de Eficiência Governamental, liderado por Elon Musk, e propôs a eliminação de impostos sobre gorjetas e horas extras, visando estimular a economia e a eficiência administrativa.

A resposta democrata ao discurso foi apresentada pela senadora Elissa Slotkin, que criticou as políticas de Trump, especialmente as tarifas e a abordagem em relação ao conflito na Ucrânia, destacando os possíveis impactos negativos na economia e nas relações internacionais dos EUA.